quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quero te ver

Por Erick Rocha


Quero te ver hoje
Amanhã, quero te ver hoje
Depois de amanhã, quero te ver hoje
Todo dia, quero te ver hoje
Por que eu já sei que um dia, acaba
O “quero te ver” nosso de cada dia!
                        Janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

Meu amor no lugar certo

Por Erick Rocha


Existe um lugar onde os dias são brandos,
onde da-se sempre tempo pra tudo,
e onde o sono é mais tranqüilo.
Nesse lugar os sonhos são tidos como lógica,
estuda-se o que quer e, trabalho não quer dizer apenas suor.
Onde o amanhã é, a dúvida certeza de ter-se tentado...
Lá cheira-se à amor com fragrância de confiança.
Onde a carne é vida; a vida é amor e o amor é verbo.
Esse lugar é meu coração, sua morada...
De onde você sai pra ganhar a rua, onde você volta para adormecer e onde você vai para passar férias.
Te amo mais que o muito!

24 de Outubro de 2009, ao meu grande amor, o mais profundo, Luciana Rocha. Em comemoração à seu aniversário.

Ir sem avisar

Por Erick Rocha


Se me olhas como se eu estivesse indo embora
Saberás quando tiver ido de vez?
Eu, que não sou de ir nem de ficar
Com você consigo só ir devagar, pra não machucar
Na verdade é pra nada de ruim te acontecer
Minha missão foi te proteger
Mas, nada é claro ao que não diz nem tão pouco
aos que não querem entender...
-Perdão o que disse?
Se não consegues me ouvir que tente ao menos perceber...
Leia-me. Receba as cartas que te escrevi ontem à noite. Dormindo.



Manhã, domingo 17 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

O tal do amor não mais está!

Por Erick Rocha

Quando ele está, o tal do amor, a gente sente
Um abraço curto é, curto espaço de tempo.
Curto tempo são os planos pra vida inteira
E a vida inteira parece nunca sufocar.
É uma euforia, um beija-beija
uma libertinagem, sacanagem, viadagem!
Espionagem é quando o amor diz que não é pra sempre
mas que ainda não acabou.
A desconfiança confirma presença, é cana-de-carne com açucar
Quando o mesmo não vai bem -o amor- é vida inteira repartida
São floquinhos de esperança com baixa temperatura
O amor volta, se arrepende, revolta o meu bem!
Questiona por que tem de ser assim,
Isto ou aquilo, novamente.
Cansei de eternidade, desejo agora o amor presente!
Aos que não enxergam a vida sozinhos;
Os que chagam dar a mão ao vento pela rua;
Soltam beijo ao vidro quando descem do ônibus;
Compram presentes sem presentear
só por imaginar a pessoa possível amada;
Aos que desaprenderam a ver casais nas filas;
Aos que dormem sozinhos;
Aos que não dividem nem jantar nem sanduíche
Aos tristes de coração.
Por que há e, é fato, um roteiro marcado de início, vida e fim!
E como besta,
Eu ainda corro pela casa e escondo suas sandálias
Pra você não sair...
Até que percebo que já tinhas ido, descalço!
-O tal do amor não mais está!

Janeiro de 2010

Resolvi me por num poste!


Bem, hoje decidi começar a colocar alguns poeminhas meus! Deve ser por conta que estou indo dormir estranho, mais uma vez, só mais essa...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Medieval II - Cazuza

Você me pede
Pra ser mais moderno
Que culpa que eu tenho
É só você que eu quero


Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno


Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média


Olha pra mim, me dê a mão
Depois um beijo
Em homenagem a toda
Distância e desejo
Mora em mim
Que eu deixo as portas sempre abertas
Onde ninguém vai te atirar
As mãos vazias nem pedras


Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo


Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Motivo - Cecília Meireles

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Poema da Espera

Esperarei
Aguarde sua vez
Espero
Espero aprender a cozinhar algum dia
Espero poder manter meus amigos por muitos anos
e fazer novos também
espero o amor
espero muitas coisas da vida e das pessoas
esperar
uma ansiedade onde o tempo passar devagar
como um tempo vazio
onde nada acontece onde você não é ninguém
mas esperar pode ser um momento de sonho
de idealizar, de planejar e acreditar que seus desejos vão se realizar
esperar, esperar, esperar
num estado constante no qual a esse encontro
esperar, esperar, esperarei, espero
espero chegar
que as coisas cheguem as notícias, os filhos, o dinheiro
a vez de entrar e de sair e até mesmo ficar
o sinal verde
espero um sim ou um não pode servir também o talvez
aguardo, espero
espero que cheguem os resultados
num impulso um motivo para seguir sempre adiante
como uma filha
aguardo a minha vez
espero não desistir
espero a hora
um tempo há tempo...

Autor desconhecido

Garcia Lorca

Perdi-me muitas vezes pelo mar
Com o ouvido cheio de flores recem-cortadas
Com a lingua, cheia de amor e de agonia
Muitas vezes me perdi pelo mar
Como me perco no coração de alguns meninos
Porque as rosas buscam em frente
Uma dura paisagem de osso
E as mãos do homem não tem mais sentido
Que imitar as raízes sobre a terra
Como me perco no coração de alguns meninos
Perdi-me muitas vezes pelo mar
Ignorante da água
Vou buscando uma morte de luz que me consuma

Frederico Garcia Lorca

Ausência - Vinícius de Moraes

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Moraes, Vinícius de

Escritas que me descrevem!

Antes de me mostrar, resolvi me descrever. Por enquanto postarei poemas que me tocam e, que de alguma forma fazem-me parte. Depois crio coragem e começo a postar alguns meus! Ainda vem comigo?